Edição Atual

Dor em recém-nascido: percepções e intervenções de profissionais de enfermagem da unidade neonatal

Este trabalho tem como objetivo conhecer a percepção de profissionais de enfermagem acerca da dor em recém-nascido, considerando os procedimentos mais dolorosos, as reações comportamentais e fisiológicas deste; e identificar as intervenções dos profissionais de enfermagem diante da dor de recém-nascido internado em unidade neonatal. Para tal, foi utilizado um método de estudo descritivo, realizado em Unidade Neonatal de hospital público de Fortaleza-Ceará, Brasil. A amostragem foi composta por 44 profissionais de enfermagem.

Para coleta de dados, utilizou-se questionário, cujos dados foram armazenados e analisados descritivamente. Como resultado do trabalho, tem-se que 95,4% dos profissionais perceberam a dor no recém-nascido; 61,4% relataram que os recém-nascidos sentem dor em qualquer idade gestacional; 66% destacaram o choro como principal reação comportamental e fisiológica do recém-nascido frente à dor.

A intervenção de maior prevalência foi administração de glicose 25% (68,2%). Ao final, conclui-se que os profissionais de enfermagem pesquisados reconheceram o fenômeno da dor no recém-nascido e conheceram as medidas para alívio desta, as quais proporcionam bem-estar antes do procedimento doloroso.

Promoção da Saúde à criança com mielomeningocele: percurso nos serviços de saúde

Trata-se este trabalho de uma descrição acerca do percurso de famílias de crianças com mielomeningocele, identificando o acesso e a integração das ações no atendimento de saúde. Para tal, foi estabelecida a metodologia de Estudo qualitativo, desenvolvido em hospital público terciário de Fortaleza-CE, Brasil, de maio a julho de 2011, mediante entrevistas semiestruturadas e observação assistemática com participação de dez famílias, cujos dados foram analisados, interpretados e categorizados.

Como resultado, tem–se as seguintes categorias: acessibilidade da criança/família ao tratamento no serviço de saúde; cotidiano de família/crianças com mielomeningocele; desinformação da família sobre saúde/doença da criança; insatisfação relacionada ao atendimento hospitalar. Estes conteúdos retrataram obstáculos enfrentados pelas famílias nos cuidados à criança. Ao fim, concluiu-se que urge que instituições de saúde atuem de maneira integralizada na assistência à clientela, garantindo-lhe os direitos fundamentais à saúde. A superação da problemática requer a formação de rede social de apoio, incluindo profissionais, gestores e família, em busca pelos direitos à qualidade do atendimento.

Orientação aos pais de crianças e adolescente com cardiopatia congênita: revisão integrativa da literatura

Estudo cujo objetivo foi analisar pesquisas nacionais e internacionais sobre orientações a serem realizadas aos pais de crianças com cardiopatia congênita e aos adolescentes. Tratou-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados CINAHL, LILACS, PUBMED, SCOPUS e Web of Science. Dos 229 artigos encontrados, 11 estavam de acordo com os critérios de inclusão e exclusão e respondiam as seguintes perguntas: Que orientações são realizadas aos pais de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita? Que orientações os adolescentes com cardiopatia congênita recebem? Os estudos selecionados abordaram orientações quanto acompanhamento médico, dieta, prevenção de endocardite, avaliação odontológica, prática sexual, efeito do fumo e do álcool sobre a doença cardíaca e métodos contraceptivos. Os estudos denotam a importância da transmissão de informações para o cuidado da criança e do adolescente com cardiopatia, em nível ambulatorial e domiciliar, para a melhoria da qualidade de vida dos mesmos.